PEQUENOS PASSOS POSSÍVEIS
- Mariana Simões Teixeira
- 19 de mar.
- 3 min de leitura
Atualizado: 28 de mar.
É nos pequenos passos possíveis que mora sua transformação!

“Já paraste a considerar a enorme soma que podem vir a dar ‘muitos poucos’?”
José Maria Escrivá.
De onde surgiu a ideia de falar sobre pequenos passos possíveis?
Na minha prática clínica, vejo que a maioria das pessoas não consegue perseverar em suas vontades e sonhos porque acredita que precisa dar grandes passos e fazer grandes esforços para alcançar o que deseja — e, por não se sentir capaz disso, acaba desistindo.
Meu objetivo é plantar dentro de vocês uma sementinha que mostre a importância do “pouco” em nossas vidas, desde que feito com constância.
Escuto muitas pessoas dizendo:
• “Amanhã eu começo.”
• “Semana que vem corto todo o doce da minha alimentação.”
• “Vou começar a malhar uma hora por dia, sete dias por semana.”
• “Quero estudar pelo menos quatro horas e ler dois livros por semana.”
No livro A Educação da Vontade, o autor diz:
“É tão certo que é no esforço moderado, mas contínuo, que reside a energia real e fecunda que dá frutos, que todo trabalho que se afasta desse tipo pode ser considerado um trabalho preguiçoso.”
Ou seja, não é no esforço intenso de um único dia de sacrifício que está a chave da transformação, mas no esforço moderado e constante.
Trabalho contínuo implica continuidade de direção.
É necessário que haja uma direção.
Fazer muitas coisas exaustivamente não significa que você vá atingir seus objetivos.
É melhor o “menos” perseverante do que o “muito” ocasional.
— “Ahhh, Mari, mas é muito pouco!” — Todas me dizem isso.
Sim! Mas sustente esse pouco por muito tempo!
Depois de fazer um pouco bom por um bom tempo, você aumenta mais um pouco.
Três facilitadores dos Pequenos Passos Possíveis (PPP):
1. Planejamento = intenção de implementação
“Se eu tivesse nove horas para cortar uma árvore, passaria seis horas afiando o meu machado.” — Abraham Lincoln
• O que eu vou fazer?
• Por quanto tempo farei?
• Quando? Como?
Vincule algo novo a algo que já existe.
Por exemplo: “Após o café da manhã, vou ler uma página.”
2. Exercitar a presença total
Tome consciência do seu corpo, da sua respiração, das pessoas à sua volta.
Quantas vezes a vida está acontecendo e você está lá no futuro? Fazendo planos para evitar uma possível catástrofe que só existe na sua mente?
3. A perseverança está na memória
• Mantenha viva na memória a sensação de fazer algo árduo, algo que você considera difícil. Como você se sente depois?
• Cartão de enfrentamento: Conecte-se com o que é importante para você. Traga à memória o que te traz esperança. Pergunte-se: “Por que isso é importante e por que vale a pena para mim?” Escreva essa resposta em um cartão e leve com você.
• Pista de memória: Algo individualizado, que faça sentido para você.
Para terminar, deixo o exemplo do poste e da cerejeira.
Ambos são de madeira e estão fincados no chão.
Ambos fazem parte da rotina da mesma rua.
Mas o poste apenas está. A cada dia, fica mais feio e deteriorado pelo tempo. Morto.
Já a cerejeira é o oposto: está em constante processo de renovação. Em alguns dias, seca e sem vida; em outros, florida e exuberante.
Mais do que rotina, precisamos de perseverança.
Sempre nos renovando e crescendo. Precisamos de recomeços primaveris e frutos.
E isso só é possível com: Pequenos Passos Possíveis.



Comentários