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QUANDO A CULPA PESA DEMAIS

  • Foto do escritor: Mariana Simões Teixeira
    Mariana Simões Teixeira
  • 6 de mai.
  • 3 min de leitura
culpa materna mariana teixeira

“Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia…”


Como uma Onda de Lulu Santos

Esse verso, simples e verdadeiro, nos lembra de algo essencial: o passado não se repete exatamente como o vivemos. E ainda assim, muitas vezes, permanecemos presos a ele especialmente quando a culpa ganha mais espaço do que deveria na nossa história.


A culpa pode se tornar uma presença constante e paralisante, especialmente para quem enfrenta desafios em reconhecer seu próprio valor ou está em um processo de fortalecer sua personalidade.


Muitas vezes, confundimos nossos erros com nossa identidade.

Em vez de enxergar um comportamento isolado, acabamos nos definindo por ele. Nesse ponto, a culpa deixa de ser um alerta saudável e se transforma em prisão.


Para lidar com a culpa de forma mais cuidadosa e construtiva, é importante considerar cinco pontos:


1. Avaliar com honestidade a gravidade da situação.

2. Reparar, na medida do possível, o que foi afetado.

3. Refletir sobre o quanto da responsabilidade é, de fato, sua.

4. Romper o silêncio que alimenta a vergonha.

5. Praticar o autoperdão.


Hoje, convido você a olhar com mais atenção para cada ponto:


AVALIAR COM HONESTIDADE A GRAVIDADE DA SITUAÇÃO

Quando tiramos a culpa do campo da fantasia e olhamos a situação pelo que ela é sem minimizar, mas também sem exagerar começamos, de fato, a lidar com ela do jeito certo. Só assim é possível abrir espaço para o arrependimento genuíno, que, diferentemente da culpa, nos predispõe à ação. E é justamente essa ação que nos leva ao próximo ponto.


REPARAR, NA MEDIDA DO POSSÍVEL, O QUE FOI AFETADO

Assumir a responsabilidade também significa, quando for possível, tentar reparar o dano. Não se trata de apagar o que aconteceu, mas de reconhecer o impacto das nossas ações e buscar formas de restabelecer vínculos ou corrigir rumos. A reparação é o ponto em que a culpa começa a se transformar em arrependimento verdadeiro e é esse arrependimento que pode libertar. Mesmo quando não há nada mais a ser feito diretamente, ainda é possível agir escolhendo um caminho diferente daqui em diante. E isso também é reparação. Isso também é ação.


RESPONSABILIDADE NA MEDIDA CERTA

Nem tudo o que acontece está sob nosso controle. Ainda assim, muitas pessoas carregam culpas por situações que não estavam “somente” em suas mãos. Entender o que, de fato, era sua responsabilidade e o que não era é essencial para seguir com mais leveza e clareza nas escolhas.


ROMPER O SILÊNCIO

A vergonha costuma se alimentar do silêncio. Quando calamos nossas experiências, damos espaço para que a culpa cresça em segredo. Falar em um espaço seguro, como a terapia, ou com alguém de confiança ajuda a colocar as coisas em perspectiva e nos lembrar de que errar não nos torna menos dignos.


AUTOPERDÃO COMO POSSIBILIDADE DE SEGUIR EM FRENTE

Nem sempre vamos conseguir ser nossa melhor versão. Às vezes, somos apenas o que conseguimos ser naquele momento, com os recursos e limites que tínhamos. Se perdoar não apaga o que passou, mas permite que a vida continue. E seguir em frente, mesmo com cicatrizes, é o que nos faz humanos.


culpa mariana teixeira

Errar faz parte da vida. E o ponto mais importante para superar a culpa é assumir a responsabilidade pelo presente: escolher agir com intenção, colocando energia naquilo que realmente importa para você. Quando estamos em movimento, o passado deixa de nos definir. Ele passa a ser apenas mais um degrau necessário no caminho que estamos construindo.

 
 
 

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